Trabalho coletivo e saúde mental: uma forma de apropriação do cuidado

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Trabalho coletivo e saúde mental: uma forma de apropriação do cuidado

Ubá, MG – A Andorinhas (Associação Ubaense de Saúde Mental – Artes e Culturas) trabalha com oficinas produção e geração de renda, além das oficinas artísticas e culturais. Uma das ações que marcou a agenda de atividades esse ano foi a viagem ao Rio de Janeiro, que aconteceu no dia 22 de maio, a qual foi custeada com recursos adquiridos com a venda de produtos confeccionados nas oficinas de produção e geração de renda, juntamente com o projeto de produção de agendas que acontece anualmente.

Além de fazer circular em nosso meio social, os produtos confeccionados de maneira coletiva na associação, tem como objetivo a construção de um efetivo lugar social para as pessoas com transtornos mentais e/ou transtornos decorrente ao uso abusivo de álcool e outras drogas, por meio de ações capazes de ampliar a autonomia e melhorar as condições concretas de vida. Diante disso, durante as oficinas de produção ou em momentos de apreciação artística, seja nos passeios ou em outras atividades, a equipe da Andorinhas busca sempre reforçar a importância da cooperação e do trabalho coletivo para fortalecer os laços afetivos, a autoestima e o empoderamento de seus participantes.

A experiência de vida da população em questão tende a ser profundamente marcada pela desigualdade no acesso aos bens materiais, culturais e ao cuidado com a vida, assim como a solidão. Podemos observar como essas ações podem impactar e retroalimentar o processo de formação, abrindo espaço para uma compreensão ampliada do valor do trabalho coletivo em consonância com as necessidades de saúde e com as necessidades sociais de cada sujeito.

A equipe Andorinhas avalia como positivo os objetivos propostos no trabalho, tanto que se pode observar a união e o comprometimento do grupo durante a viagem ao Rio de Janeiro. O auxiliar administrativo da Andorinhas, Stéfano de Oliveira, que também acompanhou o grupo relata: “Sem sombra de dúvida o que ficou de mais positivo na viagem ao Rio de Janeiro foi a cooperação mútua entre os associados da Andorinhas, tanto no que diz respeito ao cuidado com o outro, quanto o despertar de interesse em absorver e apreciar as expressões artísticas apresentadas. Olhar pessoalmente todas as obras revalida a importância do trabalho realizado ao longo do ano em nossas oficinas. A visita ao Museu Bispo  do Rosário onde nossos associados tiveram a oportunidade de observar peças confeccionadas por Bispo, independente dos paradigmas e estereótipos aos quais sempre foi vinculado, fortalece nossas ações”.

Confira mais imagens da viagem:

 

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Fotos: Aline Gabriel

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