O segundo dia do congresso brasileiro de saúde mental, 22/07, foi marcado pelas discussões e debates de ideias por meio das mesas redondas, rodas de conversas e do grande debate no final da tarde. O dia se iniciou com as discussões através das rodas de conversa abordando as principais práticas em saúde mental que priorizassem as estratégias não medicamentosas buscando a livre expressão do sujeito rumo a sua autonomia. Posteriormente deu-se início aos debates através das mesas redondas que discutiram as estratégias do desenvolvimento da economia solidária dentro do SUS, as práticas clínicas dentro da atenção psicossocial, a análise das políticas públicas em álcool e outras drogas, a despatologização e desmedicalização na saúde mental, saúde mental e o combate ao racismo, a privatização da saúde e os impactos na politica de saúde mental.
O grande debate deste dia discutiu o tema dos direitos humanos e saúde mental abordando a necessidade de ampliar as fiscalizações e os cuidados junto às pessoas privadas de liberdade, bem como o fortalecimento das práticas em saúde mental dentro dos presídios não se deixando fazer-se conivente com as práticas de torturas nesses ambientes. O congresso tem sido até aqui um momento onde a reflexão das práticas em saúde mental precisam ser repensadas e reorientadas a fim de que não se permita ainda mais retrocesso neste campo. Foi possível observar também que todas as falas até aqui endossam o trabalho que a Andorinhas vem executando através de suas capacitações com sua equipe técnica, promovendo um olhar crítico e rigoroso a fim de não se ter retrocessos na prática cotidiana. E eis o grito ecoa até aqui, “Nem um passo atrás, manicômios nunca mais”.
Confiram algumas fotos: