TERCEIRO DIA DO CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL É MARCADO PELO DEBATE DAS POLÍTICAS DE ESTADO EM RELAÇÃO A SAÚDE MENTAL E AS DROGAS

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TERCEIRO DIA DO CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL É MARCADO PELO DEBATE DAS POLÍTICAS DE ESTADO EM RELAÇÃO A SAÚDE MENTAL E AS DROGAS

O terceiro dia do congresso brasileiro de saúde mental, 23/07, colocou em evidência as práticas e políticas de estado que norteiam o sistema público de saúde e os enfrentamentos junto da luta antimanicomial. Mais uma vez foi posto em debate a saúde mental no sistema prisional, a saúde mental na infância, as determinações sociais o adoecimento psíquico, democracia e controle social. Todas essas mesas redondas se levantaram para poder apontar que a saúde mental não deve ser trabalhada e discutida dentro do contexto das instituições de saúde, como por exemplo, CAPS, UBS, NASF, ESF, mas que é um debate que deve abranger o sistema prisional, a educação a assistência social e os dispositivos mais que se fizerem necessário.

O grande debate deste dia foi conduzido por nomes expressivos e que marcaram a saúde mental no Brasil. Ana Pitta, Pedro Delgado, Roberto Tykanori e Maria Fleury discutiram o tema “Saúde mental e drogas: uma política de estado”. Eles fizeram um percurso histórico das grandes reformas acontecidas no Brasil, bem como a instituição do SUS como uma política de estado e não uma política de governo. Isso traz impactos na maneira pela qual devemos fazer resistência aos desmonte arbitrário que o SUS vem sofrendo. O SUS é uma conquista do povo e deve ser fortalecido, não combatido e desmanchado. Nenhum governo tem o direito de atacar e muito menos desmontar o SUS porque ele é uma política de saúde de estado e não uma política de governo.

Outra discussão sustentada pelo debate foi o fortalecimento financeiro por parte do estado às instituições privadas frente ao subinvestimento nos serviços públicos de saúde. As ditas comunidades terapêuticas têm se mostrado serem instituições que fogem a lógica da reforma psiquiátrica, da luta antimanicomial e do protagonismo do sujeito.  Elas não são comunidades (comum/unidade) e sua prática não é terapêutica por usar de tortura e trabalho forçado para com as pessoas.

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