Andorinhas promove ações em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial

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Andorinhas promove ações em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Ubá, MG – A Andorinhas  (Associação Ubaense de Saúde Mental – Artes e Culturas) através da equipe prestadora de serviço no CAPS AD III (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e outras Drogas) de Ubá, serviço oferecido pela Prefeitura Municipal de Ubá, vem durante as duas últimas semanas realizando ações de reflexão sobre a luta antimanicomial.

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial foi instituído após profissionais da saúde mental, cansados do tratamento desumano e cruel dado a usuários do sistema de saúde mental, organizarem o primeiro manifesto público a favor da extinção dos manicômios durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental realizado em 1987, na cidade de Bauru/SP. Desde então as lutam não tiveram fim, a busca por melhores condições de tratamento humanizado que percorrem por todo país. Dentro desta realidade o CAPS AD, não poderia deixar de conscientizar os usuários deste marco histórico e desta luta constante. A equipe de enfermagem durante toda semana proporcionou aos usuários à retrocederem no tempo através de oficinas com debates, documentários que nos remetem à esses tempos que luta.

Na última terça feira (14), foi abordado carinhosamente a história de um artista plástico brasileiro, Arthur Bispo do Rosário, paciente que ficou recluso em uma colônia destinada à pacientes com transtornos mentais, alcoólatras e outros que a sociedade julgasse insano e incapaz. Arthur Bispo do Rosário faz parte de um marco importante da arte contemporânea no Brasil com suas obras em miniaturas e suas faixas e mantas bordadas à mão. Diagnosticado com Esquizofrenia Paranoide, sua mente sempre lutou contra o tempo e o esquecimento, dedicando-se 24h a bordar suas lembranças. Após à apresentação da história de Arthur Bispo do Rosário foi aberto um debate para reconhecerem os motivos de Arthur Bispo em lutar contra sua própria loucura.

Sensibilizados, os pacientes reconheceram que todos temos o direito de sermos respeitados e vistos pela sociedade como cidadãos produtivos, independente de se ter alguma incapacidade mental. Frases como, “Somos seres pensantes e dotados de sentimentos, somos únicos e capazes de produzir algo bom para a sociedade”, recitadas na roda de conversa, nos faz querer ainda mais lutar contra os manicômios e os preconceitos.

A enfermeira Daniele Aparecida Teixeira de Carvalho, teve a iniciativa de imprimir folders com um pequeno resumo sobre a história do Bispo do Rosário, os folders foram entregues aos pacientes, os quais ficaram motivados a conversar sobre esta ação com seus familiares, amigos e vizinhos.

Confira imagens:

 

 

 

 

 

 

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