ARTE NA PRAÇA

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ARTE NA PRAÇA

O ano de 2024 continua nos surpreendendo com novas iniciativas. Desta vez, a novidade é o mais recente projeto da Andorinhas, intitulado Arte na Praça. Com o objetivo principal de promover a descentralização e a democratização do acesso à arte e à cultura, o projeto “Arte na Praça” é mais uma intervenção social itinerante da Andorinhas. Ele percorrerá as praças da cidade de Ubá e de toda a região, levando exposições de artes visuais, apresentações do canto coral e a nossa feira de economia criativa.

A cidade é uma superfície de escritas que agencia os modos de viver, ver e entender a vida como ela é. É nela que as regras políticas e sociais, bem como os valores e as experiências, se organizam e se manifestam rumo à formação de um paradigma social. Por décadas, e ainda nos dias atuais, é feita uma clara e nítida distinção entre aqueles que foram, são e serão historicamente privilegiados. A cor da pele, o gênero, o status social e o nível de escolaridade tecem a rede das pessoas colocadas em situação de vulnerabilidade, marginalizadas e excluídas da comunhão social, onde apenas os seletos partícipes gozam dos direitos básicos. Contudo, dentro do paradigma da exclusão social, subverte-se o que é direito básico em privilégio, sustentado pelo discurso da meritocracia.

O projeto Arte na Praça se apresenta como uma potente ferramenta de intervenção social, que protagoniza as vivências das pessoas e a transmissão da subjetividade através das expressões artísticas, ao mesmo tempo que ativa lugares políticos de fala para aqueles que, historicamente, foram excluídos. O espaço urbano transforma-se, assim, em suporte para as manifestações multiculturais, e os transeuntes são inseridos neste diálogo, atraídos pela arte que se manifesta enquanto linguagem e construção da cultura. Quando a população se aproxima do diferente, do desconhecido, tal situação gera inúmeras sensações; entretanto, também promove a possibilidade de formar um novo paradigma social, onde a dignidade humana, a saúde mental, a arte e a inclusão social sejam plenos para todos. O espaço antes vazio das praças torna-se espaço de arte, arte na rua, pública e acessível a todos aqueles que transitam pelo local.