Na manhã desta quarta-feira, 18 de maio, puderam discutir sobre o tema “Luta Antimanicomial e os desafios atuais”. Na ocasião foi passado para os pacientes o documentário “Em nome da razão” com a intenção de mostrar a eles parte da essência da luta antimanicomial no Brasil.
No fim da década de 70, muitos movimentos ligados à saúde denunciaram abusos cometidos em instituições psiquiátricas, além da precarização das condições de trabalho, reflexo do caráter autoritário do governo no interior de tais instituições. A partir daí, surgiram movimentos de trabalhadores de saúde mental, que colocaram em evidência a necessidade de uma reforma psiquiátrica no Brasil.
O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental – que contou com a participação popular, inclusive de familiares de pacientes – e o Movimento Sanitário foram dois dos maiores responsáveis por essa iniciativa.
Em 18 de maio de 1987, foi realizado um encontro de grupos favoráveis a políticas antimanicomiais. Nesse encontro, surgiu a proposta de reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância daquele encontro, a data de 18 de maio tornou-se o dia de Luta Antimanicomial.
Mais do que nunca, somos convocados à luta contra os abusos cometidos às pessoas em sofrimento mental que fazem, ou não, uso de álcool e outras drogas. No encontro de hoje, além de passar o documentário, o pedagogo Wantuil Alexandre pôde também pontuar questões importantes para os pacientes sobre os retrocessos que presenciamos no atual momento com desmanche arbitrário das políticas públicas conquistadas com a luta antimanicomial.
Trancar não é tratar. Por uma sociedade sem manicômios.
Viva a Luta Antimanicomial!
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